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Cão Terapia – um exercício de solidariedade e afeto

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Fotos: Divulgação

São passos silenciosos, mas que fazem toda a diferença! Quando as portas do Hospital Infantil Seara do Bem se abrem e alguns visitantes invadem o corredor, o sorriso é garantido. São eles seres peludos e que não sabem dizer uma única palavra que possamos entender, mas fazem toda a diferença no dia a dia das crianças hospitalizadas.

Os cachorros fazem parte do projeto Cão Terapia, do CAV/UDESC, que funciona há cerca de 3 anos e meio. Tudo iniciou quando o professor e veterinário, Thiago Rinaldi Müller, 34 anos resolveu levar seu cão para visitar a Apae. Desde então, ele e outros alunos do CAV e alguns voluntários, visitam instituições semanalmente.

Marina Kühl, 22 anos é estudante de medicina veterinária e a cerca de um ano participa do Cão Terapia, no início sua companheira era Hany, uma cadelinha de 12 aninhos, depois de seu falecimento, Marina adotou Zara. Ela que foi resgatada da rua, chegou em sua casa ainda bem pequena, portadora de deficiência, dá uns pulinhos para ajudar nos impulsos na hora de caminhar. Muito tranquila, Zara é visita esperada no hospital, calma, silenciosa e quando necessário, brincalhona, faz a felicidades de muitas crianças. Atualmente, cinco cães participam do projeto, mas já houveram 10 animais aptos. A tarefa não é difícil, basta um pouco de tranquilidade.

Assim como Zara, os outros animais que participam também seguem a mesma linha de personalidade. Segundo Thiago, algumas vezes as pessoas procuram a coordenação para tornar-se voluntárias, mas não passam nos pré-requisitos para fazer parte do projeto. “O animal precisa ser amigável, não ficar estressado em locais com uma quantidade grande de pessoas, aceitar receber carinhos, entre outros fatores que farão com que tanto o paciente, quanto o próprio cachorro, estejam confortáveis” comenta.

A maior parte dos voluntários é bolsista da universidade, que além das visitas, que ocorrem, ao menos, quatro vezes na semana, também elaboram relatórios, artigos e alimentam as redes sociais. O projeto se mantém com a ajuda de apoiadores, que custeiam entre outros, a ração e higiene dos animais.

O objetivo é que futuramente o projeto atenda o maior número de instituições possíveis, com muito carinho e atenção. “Hoje, nós atendemos o Asilo e o Seara do Bem, sempre com muito apoio das equipes das entidades. E agradecemos imensamente ao Éder Gonçalves, administrador do hospital, que nos recebeu desde o início do projeto” relata Thiago.

Eles intitulam a tarefa do Cão Terapia como uma atividade assistida, já que o animal não precisa de um treinamento, ele só precisa dar e aceitar carinho. Foi sabendo disso, que Jaqueline de Oliveira Lorensatto Ferreira, 31 anos, se interessou em fazer parte do projeto. A fisioterapeuta viu potencial em seu cachorro, o Pingo.

Segundo ela, ainda não há estudos que comprovem que o animal pode ou não influenciar na saúde humana, mas garante que o cão pode fazer a alegria de uma criança que está no hospital por motivos de doença. “Quando um Cão Terapia entra no quarto, já aparece um sorriso, os pais adoram, o ambiente fica mais alegre e leve. Torna-se um momento que foge um pouco da rotina hospitalar. Pode não ser científico, mas um cão terapia traz uma melhora positiva para o paciente. Transmitindo emoções e levando energia boa naquele momento”, conta ela que visita o hospital às sextas-feiras com seu companheiro.

Assim como ela, os demais participantes do projeto têm diversos relatos sobre histórias que aconteceram durante as visitas. É um exercício semanal para os voluntários, os animais e os pacientes, de solidariedade, afeto e gratidão.

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