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Cão Bombeiro Barney está a serviço da comunidade com faro para o salvamento

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O cachorro, segundo o ditado popular, é o “melhor amigo do homem”. Essa definição, que para muitos não passa de uma simples frase falada no dia a dia, pode ser a mais pura verdade, ainda mais quando falamos de um cão treinado e devidamente preparado para a busca e o auxílio em salvamento e resgate de pessoas nas mais variadas ocorrências e situações adversas.

Em Santa Catarina, os Batalhões de Corpo de Bombeiros Militares possuem dez animais para operações com cães. Lages é um destes batalhões com esta importante ferramenta de trabalho.

O cão bombeiro Barney, da raça labrador, com pouco mais de dois anos de idade, é o representante deste seleto grupo que está à disposição para os serviços de busca. Sua atuação não se restringe apenas a Lages e região, mas se estende a outras regiões do Estado, o que representa quase metade do território catarinense sob sua jurisdição e responsabilidade.

Barney é um cachorro já planejado para este tipo de trabalho. Vem de uma ninhada, cujos pais atuam neste gênero de operação.

Mas não pense que ele só está disponível para o serviço, o tempo todo. Nos intervalos de cada treinamento, tem todas as características de um cão brincalhão, dócil e amigo.

 

Manutenção

Para manter este importante serviço é necessário um investimento para treinamento e cuidados. Barney se alimenta com ração apropriada e alguns suplementos alimentares.

Pratica exercícios físicos: anda em esteira e faz natação. Com os recursos arrecadados através do Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom), um tributo municipal, é capaz de realizar consultas e exames em clínicas veterinárias, adquirir brinquedos, equipamentos, e fazer treinamentos específicos.

 

Trabalho como brincadeira

 

O treinamento de Barney é intenso, com uma programação já definida. De acordo com o soldado e condutor do cão, Luciano Rangel, todo este processo na busca de vítimas é como uma brincadeira para o animal.

“Ele não busca por simples obrigação, mas sim por ser prazeroso. Para isso, trabalhamos e aguçamos ainda mais o sentido do olfato do cão para as operações dos Bombeiros Militares”, destaca.

Barney está pronto para atuar na busca urbana e rural. “Um exemplo são as estruturas colapsadas nas áreas urbanas, assim como aconteceu no prédio que desabou no início no mês de maio, em São Paulo. Uma irmã do Barney ajudou neste trabalho em apoio às equipes humanas na busca das vítimas”, salienta o soldado Rangel.

A última atuação de Barney, até o fechamento desta matéria, foi em uma área rural do município de Urubici, em um local de difícil acesso. Nesta oportunidade, infelizmente a vítima já estava sem vida, mas a atuação do cão foi de suma importância para a localização do corpo.

“Como parâmetros, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina estabelece que o cão, para atuar, tenha no mínimo um ano e meio de vida, com constantes treinamentos e provas de certificação, em que se simulam ocorrências com avaliações de árbitros especializados no condicionamento canino”, explica o soldado.

Para o soldado Guilherme Galli, que também participa das operações com cães, a atuação de Barney, principalmente no período noturno, contribui para o sucesso das missões. “Ele auxilia muito as equipes humanas. Em uma ocorrência, sua área de atuação é maior na busca por vítimas”, conclui.