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Buracos e poeira são rotina nos bairros lageanos

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Fotos: Camila Paes

Transitar por algumas ruas de Lages, principalmente nos bairros mais afastados da região Central, pode ser turbulento. Devido à falta de pavimentação e até mesmo, manutenção, de algumas ruas, muitos buracos se acumulam pelas vias. Para poder passar, motoristas desviam e diminuem a velocidade. Em alguns pontos, são os moradores que tomam medidas, como preencher os buracos com pedras e areia.

Na Avenida das Bracatingas, Bairro Habitação, a situação é precária. A via é de lajotas, mas muitas estão quebradas e parecem estar sem manutenção há algum tempo. Não há muitas calçadas e além de desviar de buracos, os motoristas precisam cuidar com os pedestres, que transitam pela rua, já que não tem espaço nas calçadas. Nas ruas adjacentes à avenida é a mesma coisa; muitos buracos abertos e lajotas quebradas.

A pavimentação da Avenida 1º de Maio que passa pelos bairros Coral, Caravágio, Ferrovia, Popular e Várzea, não foi terminado. É no trecho do Bairro Várzea que a via ainda é de chão batido. Motoristas ainda passam pelo local em alta velocidade e fazem bastante poeira. A auxiliar de lavanderia, Denise Andreia Ribeiro explica que há muitos anos os moradores aguardam a finalização da pavimentação. Em dias secos é muita poeira e nos dias de chuva, o problema é com o barro.

Nas ruas menores o problema permanece. Na esquina das ruas Francisco Felício Miranda e Vinoco Camargo, há uma grande vala. O aposentado Orival Linhares Júnior explica que há cerca de cinco meses a rua não recebe manutenção e que é preciso muito cuidado ao trafegar com os carros, que podem estragar. “Eu não sei nem como o transporte público passa por essas ruas. As pessoas podem até passar mal, do tanto que balança”, acrescenta. No posto de saúde do bairro, na Rua Ylton Machado, para quem precisa de atendimento, é necessário ter cuidado onde estacionar, já que há duas valas grandes nas proximidades do posto, além de não haver pavimentação.

No Bairro Popular, na rua Cândido Mendes Ouriques, onde acaba o paralelepipedo, há um grande buraco. O problema existe há alguns anos e para tentar amenizá-lo, moradores colocaram pedras e pedaços de telhas, já que ao trafegar pelo trecho é necessário ter cuidado extra.

A Rua Marechal Costa e Silva passa pelos bairros Popular, Ferrovia e Caravágio. Além de via de ligação, também passa pela frente de escolas. Há pontos em que há asfalto, mas já está velho e com buracos. Nos pontos de chão batido, os problemas são nos acostamentos, encontros com outras ruas, onde há valas abertas. Em frente à Escola Estadual Cora Batalha, uma moradora idosa colocou pedras dentro dos buracos.

No Bairro Guarujá, a Associação de Moradores fez vários pedidos para aumentar o patrolamento e a manutenção das vias. Quem mora ali relata que já realizaram diversos pedidos para a Secretaria de Infraestrutura. “Mais de 80% das nossas ruas precisam de algum tipo de serviço. Somente um mutirão para resolver o problema”, ressaltou o presidente Luis Borges.

A maioria das ruas do bairro não tem asfalto e muitas estão esburacadas. O tráfego dos veículos precisa ser com cuidado, para não estragar.

 

Ordem de serviço

Na manhã de quinta-feira (12), o prefeito Antonio Ceron assinou  ordem de serviço que autoriza obras de recapeamento asfáltico da Rua Coronel Córdova, no Centro e asfaltamento das ruas Sebastião Chaves Coelho e Aristóteles Soeiro Waltrick (ambas no bairro Frei Rogério).

O recapeamento da Coronel Córdova contempla, inicialmente, o trecho de cerca de 386 metros de extensão, desde o ponto de confluência com a Avenida Dom Pedro II, na altura da linha de divisa dos bairros Brusque e Vila Nova, seguindo em direção ao Centro da cidade, até proximidades ao Colégio Bom Jesus. Contrato este vencido (licitação) pela empresa CCL Construtora, a qual terá prazo de quatro meses para executar o projeto.

 

Custos

Para esta obra específica, serão investidos R$ 263.376,08. Este contrato compreende implantação de rede pluvial (escoamento das águas das chuvas), pavimentação asfáltica e a sinalização horizontal e vertical de trânsito das pistas de rolamento.

Segundo o secretário Claiton Bortoluzzi, o segundo trecho desta rua também deverá ser licitado, posteriormente, para que seja recapeado.

Já para as obras das ruas Sebastião Chaves Coelho e Aristóteles Soeiro Waltrick, o investimento será de R$ 597.753,13. Nestas ruas será feita drenagem pluvial, asfaltamento, construção de calçadas (passeios laterais) em paver, além da sinalização horizontal e vertical de trânsito. A empresa que venceu a licitação, a AS Construtora, terá prazo de quatro meses para conclusão das obras.

 

Melhoria na mobilidade urbana

O prefeito Antonio Ceron destacou, durante o ato de assinatura das ordens de serviços, que a Prefeitura de Lages prioriza as vias mais importantes na questão da mobilidade urbana. “A Rua Coronel Córdova, por exemplo, é uma importante ligação entre o Centro da cidade e a Avenida Dom Pedro II. Desta forma, já está sendo projetado o recapeamento asfáltico da Cruz e Souza, a qual, juntamente à Coronel Córdova, formará um binário, visando a melhorar o fluxo de trânsito de veículos, em áreas centrais”, disse o prefeito.

Já Claiton Bortoluzzi explicou que com o recapeamento asfáltico da Cruz e Souza, busca-se, também, a interligação desta via com a rua Cirilo Vieira Ramos. “A Cirilo, igualmente, está sendo projetada para recapeamento asfáltico”, ressalta Bortoluzzi.

“Além disso, as obras da Coronel Córdova serão complementadas, posteriormente, com o recapeamento de outras ruas adjacentes, tudo isso visando a melhorias significativas na mobilidade urbana”, destaca o secretário de Planejamento e Obras.

Ceron falou, também, sobre o projeto de pavimentação e recapeamento asfáltico de 100 ruas, grande parte delas no itinerário do transporte coletivo urbano. “A prefeitura já contratou empresa especializada em projetos de melhorias urbanas e é nosso compromisso concluir estas obras até o ano de 2020”, conclui.

 

Lages tem 700 quilômetros de ruas

O secretário de Infraestrutura Claiton Bortoluzzi, explica que, em Lages, há 700 quilômetros de ruas. Cerca de 200 quilômetros são pavimentados. Bortoluzzi acrescentou que este é um número baixo, em comparação a outras cidades catarinenses e enfatiza que há um plano de pavimentação, pelo qual a ideia é pavimentar vias por onde passam o transporte urbano e que são ligações dos bairros com as áreas centrais. Não há uma estimativa de porcentagem de quantas ruas devem ser melhoradas.

 

Convênio

Um novo convênio com o Ministério das Cidades, de mais de R$ 1 milhão para a pavimentação e recapeamento de vias urbanas foi firmado. O município tem dois anos para utilizar estes recursos e não tem previsão de quais ruas serão asfaltadas. Entretanto, Claiton acrescenta que devem estar dentro do plano de pavimentação.