Geral

Ataque no Centro de Lages

Published

em

O atropelamento ocorreu por volta das 14 horas da tarde de sexta-feira (1°)- Foto: Camila Paes, Adecir Morais e Vinicius Prado

Mãe! Corre que o carro tá vindo”. Foi o que disse o filho de Vera Morais, de 46 anos, uma das atingidas pelo Sandero prata, que atropelou sete pessoas nos calçadões Túlio Fiúza de Carvalho e Praça João Costa. Vera conta que se não fosse seu filho alertar, teriam sido atingidos. Ela se jogou junto a criança, e machucou o braço. Assustada, nem sabia dizer ao certo o que estava acontecendo.

O atropelamento ocorreu por volta das 14 horas da tarde de sexta-feira (1°) e deixou duas pessoas gravemente feridas. Janaína Antunes Correia, 33 anos, foi uma das mais machucadas. Ela teve politraumatismo e passou por diversas cirurgias. O policial Joel Alves de Souza, 48, também teve uma fratura grave, segundo os Bombeiros, e precisou passar por cirurgia no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres.

 

Saiba Mais

Atropelamento, no Centro de Lages, atinge sete pessoas, sendo uma gravemente ferida

 

Eu tava no meu carrinho quando o carro veio. Foi tudo muito rápido. Sorte que o carrinho estava na frente.

Quem presenciou, nem lembra ao certo como tudo aconteceu, pois foi muito rápido. O picolezeiro Alcindo de Lima, de 57 anos, que trabalha há quase 40 anos no mesmo local, em frente a lotérica, foi um que nasceu de novo. Ao entrar na Rua Nereu Ramos, o carro atingiu fortemente o carrinho de picolé do senhor Alcindo. Ele estava sentado e nem teve tempo de escapar. Ele disse não ter se machucado, porque o carrinho amenizou o impacto. “Tô bem bom”, disse o picolezeiro.

As outras vítimas do atropelamento foram: Lara Bruna dos Santos, 29 anos, Lays da Silva e Marcos. Esses últimos não tiveram a idade revelada, muito menos o estado de saúde. Nas próximas páginas, você confere o desenrolar desse incidente, que chocou Lages e repercutiu nacionalmente, tamanha a brutalidade do ataque às pessoas que estavam no Centro.

Sentimento geral era de pavor

O sentimento era de pânico após os atropelamentos nos calçadões do Centro de Lages. Muitas pessoas que presenciaram o ataque precisaram ser amparadas, devido ao nervosismo. Muitos choravam e tomavam copos d’água. Mas em sua grande maioria, quem estava no local do acidente ou quem chegou após a passagem do veículo, registrava fotos, fazia ligações e mandava mensagens.
Marcas dos pneus ficaram nas calçadas e objetos, como lixeiras, ficaram destruídas. Os pedestres também ligaram para tranquilizar os familiares, para avisar que estavam bem e que não foram vítimas do ataque. As lojas tornaram-se abrigos para as pessoas que, na hora da passagem do veículo, entraram para tentar se salvar. Vendedores e comerciantes pararam o trabalho para acompanhar os resgates. Os vídeos divulgados por câmeras de segurança, mostram que o carro passou em alta velocidade pelos dois calçadões.

As informações estavam desencontradas, muitos diziam que mais de 10 pessoas tinham sido atropeladas, que crianças tinham sido atingidas. A Polícia Militar isolou os locais onde duas mulheres foram atropeladas, na lateral do calçadão Túlio Fiuza. Próximo a esquina com a Rua Coronel Córdova, estava uma das vítimas. Pedestres deram as mãos e fizeram uma proteção em volta da mulher ferida, para que o Samu fizesse os primeiros atendimentos. A ambulância teve dificuldades em sair do calçadão, já que o fluxo de pedestres era muito grande.

Atentado_ As pessoas não paravam de usar a palavra “atentado” para descrever o que tinha acabado de acontecer. Não era difícil de relacionar com atentados terroristas, que também envolveram atropelamentos. Havia quem falasse “achei que essas coisas só aconteciam em cidades grandes”. Desconhecidos se reuniram para trocar informações sobre o que presenciaram e trocaram detalhes sobre a experiência. Mesmo após o socorro das vítimas, o sentimento de segurança permanecia naqueles que passavam pelos calçadões Túlio Fiúza de Carvalho e João Costa.

Perseguição, tiro e morte de motorista

A secretária de uma empresa de segurança, Patrícia Macedo, estava trabalhando quando ouviu um barulho. Ao sair para ver o que estava aacontecendo, viu o policial militar caído, embaixo do automóvel. “Escutei um estouro, em seguida ele (motorista) desceu do carro e saiu correndo pela rua, mas foi contido em seguida”, contou.

O relato de Patrícia faz parte do último capítulo da ocorrência cinematográfica, registrada no Centro de Lages. A cena se desenrolou na esquina das ruas Coronel Serafim de Moura e Fausto de Souza. Lá, Giovanni atropelou o sargento da PM, Joel Alves, que participava da ocorrência com uma moto em perseguição ao veículo. Segundo populares, Alves foi arrastado por cerca de 10 metros e ficou preso embaixo do veículo.

Após o atropelamento, o motorista desceu do carro e tentou fugir, mas foi cercado por policiais. Segundo a polícia, ele ainda teria atacado PMs com uma faca. Os agentes reagiram e o homem foi baleado no abdômen.  Alves foi socorrido com ferimentos graves e levado ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP). O motorista também foi atendido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu, cerca de três horas depois de dar entrada no hospital. A rua ficou interditada por cerca de duas horas para a realização da perícia no veículo. Ainda não se sabe os motivos que levaram o motorista a atravessar os calçadões. Entretanto, a PM informou que, antes da ocorrência, ele teria brigado com a companheira dele. Suspeita-se que ele estaria atrás da mulher, na tentativa de atropelá-la.

“Ele tem de morrer”, gritavam populares

Giovanni Oliveira Fornari

O motorista foi contido perto da esquina das ruas Fausto de Souza e Correia Pinto. Em clima tenso e sob o olhar de dezenas de curiosos, policiais isolaram a área para o trabalho, enquanto seguravam Giovanni que estava deitado ao chão.  Populares se aglomeravam ao lado da fita de isolamento para acompanhar a ocorrência. Indignados com a atitude do motorista, alguns esbravejavam e gritavam: “Ele tem de morrer”. Os gritos se acentuaram quando ele foi socorrido pelos soldados do Corpo de Bombeiros.

Giovanni é contido por policiais

1 Comentário

1 Comentário

  1. Everton Adir da silva

    03/12/2017 at 15:00

    Aqui é Everton lokkotor eu vi ele no Sandero aqui em frente a loja parente mente tava tudo serto normal aí teve ali no carro uma briga a mulher desse do carro e logo ele asselerou até cantar alto os penus e foi achei q ele iria virar normal para Ercílio luz mais ele entrou no calçadão mais antes dele fazer isso ele reduziu para deixar uma mulher q estava com uma criança ir pro lado e ele então acelerou e foi atropelando quem estava na frente …até agora eu não tiro filme da minha mente pois eu fiquei ruim por ter visto isso pois eu fui convidado por minhas colegas de trabalho pra ir trabalhar lá e justo na frente da loja q trabalho q ouve a cena mais forte e trágica .mais digo que se ele morreu mesmo a morte pra ele sai de graça.esse foi meu comentário é o que vi DEUS ABENÇOE AS PESSOAS ATINGIDAS.OBRIGADO.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto:
%d blogueiros gostam disto: