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Armas apreendidas estão ligadas à caça, segundo Polícia Militar Ambiental de Lages

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Polícia Ambiental tem equipe específica que atua contra caça - Foto: PMA/ Divulgação

A maioria das pessoas que reside no meio rural, que possuem armas, têm o registro delas, segundo o comandante da Polícia Militar Ambiental, em Lages, major Adair Alexandre Pimentel. Um levantamento apontou que na 1ª Companhia, do 2º Batalhão, que abrange 64 municípios da região do Meio-Oeste e Serra Catarinense, de janeiro até 30 de julho deste ano, foram apreendidos dois fuzis e mais 50 armas. Pimentel acredita que pelo menos 25, dessas 50 armas foram apreendidas somente na Serra.

A maioria das armas está ligada à caça ilegal e por isso foi criada uma equipe específica para fiscalizar esse crime, além da pesca e transporte de madeira. Em 15 dias, o comandante conta que os policiais conseguiram apreender oito armas em Bom Jardim da Serra e Capão Alto. “Eles trabalham através de denúncias e também com informações do meio policial e Ministério Público. Com isso, vamos identificando locais e nomes”.

Apesar das armas serem usadas mais para caçar, Pimentel lembra que podem ser utilizadas em outros crimes. “Todas as armas foram feitas para matar, então quando são apreendidas, evita-se um homicídio, por exemplo. Além disso, a arma pode ser furtada e utilizada em um assalto. São várias hipóteses que são zeradas com a apreensão”.

O que ocorre

Depois que são apreendidas, as armas e as pessoas são encaminhadas para a Polícia Civil. O Poder Judiciário faz o julgamento, e, geralmente, as armas são destruídas pelo Exército. Pimentel afirma que dificilmente elas são doadas para a Polícia Militar, por serem inferiores às utilizadas pelos policiais.

Para quem tem interesse em possuir uma arma, ele orienta que a pessoa procure um clube de tiro, onde terá instruções e treinamento. Assim, terá o registro da arma com o Exército, que controla o uso e posse. “Quando quiser abater o javali, pode procurar a Ambiental para a liberação. Além disso, precisa de um cadastro no Ibama”.

Há também a possibilidade de comprar a arma em loja especializada e pedir registro e guia de tráfego para a Polícia Federal. Mas, Pimentel diz que isso dificilmente acontece, porque é difícil uma arma ser liberada, que não seja para caça.