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Adolescente socorrida pelo Águia 4 segue internada

A garota de 17 anos, socorrida pelo helicóptero Águia 4, da Polícia Militar, no fim da tarde de terça-feira (16), após ser ferida por disparo de arma de fogo, permanece internada no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages.

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De acordo com a direção do hospital, na manhã de quarta-feira (17) ela permanecia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para observação. O hospital também informou que o estado de saúde da garota é estável e que ela não precisou passar por cirurgia, pois o tiro pegou de raspão no abdômen e no tórax. A garota recebeu os primeiros atendimentos no posto da Polícia Militar Rodoviária, em Painel, pois a família mora no interior, a cerca de quatro quilômetros do posto.

Segundo os policiais que a atenderam, ela chegou ao local levada pelos pais (a mãe estava com ela no banco de trás e o pai dirigindo), estava consciente e conversando. A PMRv acionou o helicóptero Águia 4, que transportou a menina até Lages, onde foi socorrida por uma equipe do Samu e levada para o hospital.

De acordo com os policiais que atenderam à ocorrência, os relatos da garota e de seus pais indicam que trata-se de uma tentativa de suicídio. A arma usada é de propriedade do pai da menina. A PMRv informou que a arma é legalizada e o homem tem porte, contudo, foi conduzido à Delegacia de Polícia, em Lages, por omissão de cautela, ou seja, por ter deixado a arma em local que possibilitou ser encontrada pela menor.

“Foi apurado que ela se apoderou da arma, sem que o pai soubesse, e tentou tirar a própria vida. Diante disso, o pai foi conduzido à delegacia, onde foi lavrado procedimento e encaminhado para o Judiciário. Os envolvidos [pais e policiais rodoviários] foram ouvidos e o pai foi liberado”, explica o delegado da Polícia Civil Jackson Guasselli Pessoa, que atendeu ao caso. Na escola onde a garota estuda ninguém quis comentar a situação, porém, segundo populares, a garota é depressiva e esta não foi a primeira vez que atentou contra a própria vida.

EDITORIAL

O Ministério da Saúde aponta que, em 2015, (último levantamento) 11.736 pessoas foram vítimas de suicídio no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o suicídio um sério problema de saúde pública e que demanda atenção, mas sua prevenção e controle, infelizmente, não são tarefas fáceis.

As melhores pesquisas indicam que a prevenção do suicídio, mesmo sendo uma atividade factível, envolve toda uma série de atividades, que variam desde as melhores condições possíveis para a criação das crianças e dos jovens, passando pelo tratamento efetivo dos transtornos mentais, até o controle dos fatores de risco ambientais. A disseminação apropriada da informação e o aumento da conscientização são elementos essenciais para o sucesso de programas de prevenção do suicídio.

É neste ponto que a OMS orienta os órgão de imprensa a, de forma responsável, chamarem a atenção para o problema. É o que o Correio Lageano faz em relação a este caso. Sem relatar nomes, o objetivo é conscientizar a população e orientar para que as famílias observem os sinais, percebam as pessoas em situação de risco e busquem as ferramentas necessárias para auxiliá-las. Assim, de forma alguma nossa proposta é expor a família que já enfrenta esse drama e sim motivar um debate sobre esse problema de saúde pública.