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Adesão à greve na Serra Catarinense é pequena

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Dois funcionários estão em greve em Lages - Foto: Camila Paes

Começou na noite de domingo (11), a greve nacional das agências dos Correios. Em Lages, dois funcionários permanecem em frente a Central de Distribuição, na Avenida Belisário Ramos, em manifesto contra mudanças no plano de saúde da empresa, que preveem o pagamento das mensalidades pelos funcionários e a retirada de dependentes dos contratos. De acordo com o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect/SC), Marcelo Cardozo, a adesão ainda é muito pequena em relação as outras cidades do Estado. 

Marcelo acrescenta que a participação ainda é pequena porque os outros funcionários ainda não se conscientizaram da gravidade das mudanças propostas. Além disso, ele explica que, há alguns anos, os Correios na Serra Catarinense sofrem com a falta de profissionais, o que acarreta na melhoria do serviço.

O dirigente afirma, que permaneceram em greve até obterem uma resposta sobre as mudanças previstas. Nesta segunda-feira (12), acontece o julgamento sobre o plano de saúde dos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após tentativas de negociações da categoria. A expectativa de Marcelo é que a greve seja encerrada até terça-feira (12).

O Sintect nacional afirmou que a mobilização nacional da categoria foi aprovada em assembleias dos sindicatos. Entre outras reivindicações, os trabalhadores são contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários; a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; a suspensão das férias dos trabalhadores; a extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa. Além disso, entre as demandas da categoria estão a contratação de novos funcionários por meio de concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.

A federação também é contra a extinção e terceirização do cargo de operador de triagem e transbordo, “importante para o movimento do fluxo postal interno”. “Para piorar a situação, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2.500 agências próprias, por todo o Brasil”, diz a nota da Fentect. Para a categoria, o “desmonte” promovido pela gestão dos Correios tende a prejudicar ainda mais os serviços à população. “A Fentect esclarece que alguns argumentos repassados transmitem uma visão enganosa da realidade na estatal. Por exemplo, quanto ao monopólio dos Correios, que, hoje, corresponde apenas a cartas, malote e telegrama. O segmento de encomendas, como o Sedex, entretanto, sempre foi concorrencial”, informou.

Quanto ao reajuste dos preços dos serviços da estatal, a federação discorda de aumentos abusivos nos valores. “Já em relação ao argumento da ECT para esse reajuste, a respeito da segurança dos trabalhadores, a Fentect esclarece que não há nenhum benefício pago ao trabalhador por esse motivo, bem como nenhum adicional”.